Dislexia infantil
Definição, tipos de dislexia, sintomas e tratamento
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Exercicios para tratar a dislexia
1
Avaliação e diagnóstico persanalizado, detecção automatica do grau de disfunção.
2
Trabalha e melhora as habilidades cerebrais mais deterioradas
3
Reforça as areas cognitivas especificas afetadas por dislexia.
As vezes a dislexia nem é fácil de diagnosticar já que as escolas não estão preparadas para detectá-la e ajudar as crianças que padecem ela com as ferramentas e tratamentos necessários. Desta forma, a maioria das vezes o peso recai nas próprias famílias, que são as que devem se esforçar em detectar quanto antes a doença, e em tomar as medidas especificas para cada caso. Porque quanto antes começar a tratar a dislexia infantil e a apoiar e entender aos jovens que padecem ela, teremos mais opções de superar a doença e evitar os possíveis problemas associados de frustração e sofrimento.
Mais, como tratar a dislexia? É muito importante um devido acompanhamento dia a dia e não esperar que se produza o fracasso para atuar, já que estaríamos perdendo tempo muito valioso. O tratamento mais eficaz é a detecção precoce, é essencial para minimizar as dificuldades no desenvolvimento e aplicar um programa de intervenção adequada a cada perfil.
Validação Cientifica: Estudos que suportam a eficácia de CogniFit no tratamento da dislexia infantil
O programa de treinamento personalizado CogniFit aumenta as destrezas em estudantes disléxicos
Pessoas com dislexia que recebem estimulação cognitiva de CogniFit, aumentam de forma significativa seu desenvolvimento cognitivo, atividade de trabalho e rendimento na leitura (aumentando num 14.73% o numero de palavras corretas lidas por minuto). Além disso, os resultados se prolongaram até seis meses depois do treinamento, tendo um efeito extremamente positivo sobre a dislexia. Ver estudo completo
A dislexia é muito mais comum do que pensamos, pois afeta a mais do 10% da população. A dislexia é a deficiência neurológica que afeta o processo de aprendizagem, dificultando a leitura, escrita e decodificar com facilidade a linguagem ou os símbolos.
Quando as pessoas disléxicas leem, elas focam a maior parte da atenção na decodificação dos sons ou nas diferentes letras e pronúncia de cada palavra. Este esforço causa o colapso na memória operacional, impedindo o cérebro distribuir recursos a outras tarefas mentais superiores como a compreensão escrita.
Vários estudos definem a dislexia como o déficit na conexão neural ralacionado ao processamento da linguagem. Por isso, as pessoas disléxicas têm dificuldade para visualizar palavras, devido a uma disfunção em sua rede neural entre as regiões cerebrais associadas ao processamento da linguagem e da fonologia.
A dislexia pode ser hereditária, a razão pela qual é comum em diferentes membros da mesma família. Os meninos e meninas com uma inteligência normal, sem problemas psicológicos, físicos ou de outro tipo, e cujos problemas para ler não afetam outras capacidades cognitivas, podem ser afetados por dislexia. De fato, as pessoas com dislexia geralmente têm sentidos mais acentuados e desenvolvem um nível mais elevado de inteligência e de capacidade criativa.
Nem todos os tipos de dislexia apresentam a mesma intensidade, mas é essencial diagnosticar e tratar o transtorno o quanto antes possível para evitar problemas de desenvolvimento, perda de autoestima, frustração e problemas na escola.
A dislexia infantil
A dislexia infatil pode ser detectada durante a faze pré-escolar. Se não é tratada, os sintomas podem permanecer além da infância ou adolescência e mesmo perdurar durante a idade adulta.
Embora cada criança é única, as que apresentam dislexia tendem a começar a falar mais tarde, têm uma capacidade de compreensão auditiva mais fraca e possuem menos termos em seu vocabulário, comparadas com outras crianças da sua idade. Muitas vezes, confundem as letras, como o "b" e o "d" (ou “p” e “q”), e também podem apresentar pouca capacidade de atenção.
Esta falta de concentração não é intencional. Considerando que as crianças com dislexia têm que trabalhar duas vezes mais para ler e escrever, elas se cansam e distraem mais rápido.
Atividade cerebral durante a leitura em leitores comuns Atividade cerebral durante a leitura em leitores disléxicos # t: 54;t: 55;"> Atividade cerebral durante a leitura em leitores comuns Atividade cerebral durante a leitura em leitores disléxicos
Como as crianças com dislexia precisam de apoio e incentivo dos pais e educadores, é essencial detectar o transtorno o antes possível. Entender e ajudar a criança é imporante para que possa se desenvolver e integrar adequadamente no entorno escolar, o que lhe permite competir.
Quando a dislexia não é detectada e tratada desde cedo, tende a produzir um efeito de "bola de neve". À medida que as crianças começam a ser menos produtivas na escola, podem se tornar mais insatisfeitas, se sentindo fracassadas. Muitas vezes, isso causa problemas de autoestima e emocionais como a depressão, ansiedade e mesmo o abandono escolar.
A dislexia e o cérebro
As crianças com dislexia apresentam determinadas anormalidades neurológicas. As células que formam os circuitos linguísticos não estão organizadas adequadamente. o que dificulta o organismo para decodificar palavras e compreender o que está sendo lido.
. Déficits no processamento de linguagem.. Memória operacional deficiente.. Problemas com a velocidade de processamento.# t: 54;t: 55;"> Para ler de forma eficiente, são necessários os processos de interpretação, além dos de compreensão e aprendizagem, conhecidos como "estratégia léxica", a forma em que o cérebro abrange o texto para o entender. As dificuldades das crianças com dislexia são causadas pela combinação de:
- Déficits no processamento de linguagem.
- Memória operacional deficiente.
- Problemas com a velocidade de processamento.
Características da dislexia
Os sintomas da dislexia podem ser diferentes de uma criança para outra, e nem todas que sofrem o transtorno terão os mesmos problemas de leitura. Os sintomas são inconsistentes e podem incluso mudar no mesmo dia e evoluir de forma diferente à medida que as crianças crescem.
Essas são algumas das características da dislexia:
Problemas com as funções executivas
: As funções executivas incluem uma ampla variedade de habilidades cognitivas complexas, responsáveis pelo planejamento de tarefas quando são dividivas em múltiplas fases. Essas fases poderiam iniciar com a análise da tarefa e seus requisitos, depois a organização e determinação do tempo necesário para organizá-la, estruturar a carga de trabalho, estabelecer objetivos, avaliar as ações implementadas e ajustá-las de acordo com os resultados, etc. A dificuldade no desenvolvimento executivo é uma das características mais comuns na dislexia. Isso indica que qualquer tarefa que requer um planejamento (por exemplo: limpar o quarto ou concluir os deveres) pode representar um verdadeiro desafio para as crianças com dislexia
Dificuldade para aprender e se comunicar
: redução da capacidade para compreender instruções rápidas ou entender brincadeiras e expressões cujo significado não é fácil de entender apenas com as palavras específicas expressão idiomática), tais como “do nada” que significa que uma coisa acontece de forma inesperada. A incapacidade para aprender novas palavras e pronunciá-las corretamente. Se sentir inseguro ao falar ou expressar ideias, etc.
Dificuldade para ler
: Dificuldades para decrifrar e lembrar de quaisquer códigos ou símbolos linguísticos, tornando a leitura uma tarefa difícil. As crianças com dislexia entendem mal com frequência a pronúncia de palavras e têm dificuldade para processar e entender o que elas leem. Desta forma, a maioria das vezes não têm interesse na leitura.
Dificuldade para escrever
: Como as crianças disléxicas têm dificuldade para lembrar da ortografia das palavras ao longo do tempo e para aplicar as regras ortográficas elas cometem erros de gramática com frequência. Têm dificuldade para expressar suas ideias na escrita. Às vezes, mesmo entendendo o professor, elas têm dificuldade para fazer anotações. A aderência do lápis é geralmente incomum, tornando a caligrafia irregular, dificilmente legível, muito grande ou muito pequena.
Sintomas na coordenação motora e orientação espacial
: Dificuldade para distinguir a esquerda da direita, para cima e para baixo, dentro e fora, etc. Este problema pode estar associado à confusão. As crianças parecem mais torpes do que outras e se perdem com mais frequência. Não são muito boas nos esportes que exigem coordenação, como o ciclismo ou qualquer esporte em equipe como o futebol.
Distorção da estimativa do tempo
: Dificuldade para administrar o tempo e confusão com a data do dia.
Dificuldade com os problemas de matemáticas
:Como elas têm dificuldade para reconhecer símbolos, é difícil fazer aritmétrica, pois isso inclui símbolos como os de adição, subtracção, multiplicação, etc. As crianças com dislexia também têm dificuldade para memorizar as tabuadas de multiplicar.
Problemas com o envolvimento social e emocional
: As crianças com dislexia podem ser excluídas, problemáticas ou demasiado tranquilas. São extremamente desordenadas ou compulsivamente ordenadas. Cada crainça é diferente e podemos ver casos de rebelião e intolerância, além de casos de submissão.
Tipos de dislexia
Embora alguns sintomas são com frequência comuns na dislexia, os cientistas identificaram vários tipos de dislexia. O uso do termo distingue essencialmente entre a forma de dislexia genética e adquirida.
Dislexia adquirida
: Ocorre com o decorrer da vida e normalmente é de origem genética ou hereditária. Com frequência, aparece após uma lesão cerebral traumática ou dano cerebral, como a demência ou um derrame, que afeta as áreas da linguagem responsáveis pelo processamento das letras.
Dislexia do desenvolvimento
: Este tipo de dislexia aparece geralmente em um ambiente acadêmico. Não é causada por nenhum tipo de lesão cerebral ou acidente e está presente desde o nascimento. Existem vários tipos de dislexia dentro desta classificação, mas este artigo vai focar nas variedades que afetam o processamento e o funcionamento do cérebro: dislexia superficial, dislexia fonológica e dislexia mista ou disfonética.
Dislexia superficial
: A maioria das vezes é uma forma de dislexia adquirida, mas também pode ser de desenvolvimento. As crianças com dislexia superficial não mostram dificuldades importantes para ler. Este tipo de dislexia está associado com o pouco processamento de informação na área visual, léxica e nos acessos diretos do nervo, indicando que a criança pode pronunciar palavras, mesmo sem sentido, mas têm que dividir elas em fragmentos ou sílabas para poder ler. Se torna ainda mais complicado quando as palavras não são compatíveis com a pronúncia.
Dislexia fonológica
: O tipo mais comum de dislexia, sinônimo da própria dislexia. É principalmente um tipo de dislexia de desenvolvimento, mas em alguns casos pode ser um tipo adquirido após sofrer um derrame ou a doença de Alzheimer. As crianças com dislexia fonológica têm muita dificuldade para ler palavras longas, desconhecidas ou raras. Porém, são capazes de ler corretamente palavras conhecidas. Este tipo de dislexia está associado com as áreas cerebrais que processam os sons da língua, indicando que as crianças que sofrem este transtorno normalmente leem através de métodos léxicos ou visuais, mas têm problemas com o processamento auditivo.
Dislexia profunda
: É um tipo de dislexia adquirida. Uma das formas mais severas, pois o indivíduo perde a capacidade existente para ler. Os disléxicos profundos têm dificuldade para pronunciar e reconhecer palavras inteiras, pois a área fonológica e as vias visuais e neuronais estão afetadas
Como é possível detectar a dislexia?
Considerando este aspecto cognitivo, os casos de dislexia tendem a aprensentar os mesmos padrões de déficits em habilidades como a memória operacional, mas geralmente também existem problemas com o tempo de reação, a velocidade de processamento e as funções executivas. Os baixos níveis dessas habilidades cognitivas podem ser um indicador de dislexia.
Existe uma cura para a dislexia?
A dislexia é um transtorno crônico, indicando que não desaparece com o tempo. Porém, não é motivo para se alarmar. Uma pessoa com dislexia vai aprender a se expressar de diferente forma à medida que evolui.
O mais importante em um caso de dislexia é fazer um diagnóstico precoce. Quanto mais depressa proporcionemos as ferramentas que as crianças precisam para se adaptar ao processo de aprendizagem, melhores chances vão ter para aperfeiçoar seus recursos mentais e ter uma vida plena.
É possível corregir a dislexia?
células cerebrais, pois quanto antes usemos as ferramentas que nos ajudam a fortalecer as conexões neurais associadas ao processamento da linguagem, vamos aprender mais métodos para compensar as funções deterioradas. # t: 54;t: 55;"> Quando uma criança é diagnosticada com dislexia em uma idade mais jovem, mas é capaz de iniciar um programa de tratamento personalizado, tem mais oportunidade para desenvolver estratégias alternativas que ajudarão a se adaptar ao seistema de aprendizagem. Nos primeiros anos de vida, o cérebro tem mais plasticidade e capacidade para desenvolver novas células cerebrais. Por isso, quando antes usemos as ferramentas que nos ajudam a fortalecer as conexões neurais associadas ao processamento da linguagem, vamos aprender mais métodos para compensar as funções deterioradas.
Um tratamento precoce também ajudará a evitar outros transtornos secundários emocionais, relacionados à dislexia.
Se você pensa que uma pessoa pode ser disléxica, aconselhe visitar um especialista para fazer os testes de diagnóstico, que ajudarão a detectar quaisquer alterações e oferecerão um programa de treinamento específico para ajudar a melhorar as habilidades cognitivas usadas na linguagem. A pessoa também pode estar afetada a nível cognitivo e apresentar falta de atenção e problemas com a memória operacional e a memória de curto prazo, a velocidade de processamento e outras habilidades cotidianas importantes.
Referências
Preiss M, Shatil E, Cermakova R, Cimermannova D, Flesher I (2013) Personalized cognitive training in unipolar and bipolar disorder: a study of cognitive functioning. Frontiers in Human Neuroscience doi: 10.3389/fnhum.2013.00108.